Apresentação

A abordagem clínica Direção Colaboradores

A proposta de Abordagem Clínica surgiu como alternativa de tratamento de dois tipos de dificuldade:

A primeira delas tem como origem o fato de que o sofrimento psíquico causa muito frequentemente uma reação de grande embaraço, de desamparo mesmo. O paciente, sua família e as pessoas mais próximas muitas vezes se veem diante do inusitado, do desconhecido, do impensável.

Os sinais, de início discretos, tornam-se com o passar do tempo cada vez mais presentes, contrariando a esperança de que “as coisas iriam se arranjar”. Sem falar nas situações, menos frequentes, onde tudo se modifica rapidamente, “de uma hora para a outra”.

O que fazer, então, diante de um comportamento estranho, alterado em relação ao próprio modo de ser da pessoa; diante de alguém que afirma com toda convicção ser vítima de uma perseguição, comprovada por vozes que só ele consegue ouvir?

Como ajudar quem já passou a trocar o dia pela noite ou até mesmo a não mais dormir, ou ainda quem se encontra num estado de grande ansiedade, de tristeza profunda, de desinteresse pela vida? Sem falar nas formas particulares de adoecimento relacionadas ao abuso e à dependência de álcool e drogas.

Resumindo: o sofrimento, por si só, muitas vezes gera o isolamento do paciente, impedindo ou dificultando grandemente uma demanda de tratamento.

Em segundo lugar, encontram-se as dificuldades de acolhimento deste sofrimento por parte de nosso sistema de saúde, sobrecarregado e com baixa capacidade de resposta rápida e específica.

Neste caso, a pergunta, insistente, daqueles que percebem que algo de grave está acontecendo e resolvem procurar ajuda é: “a quem recorrer?”

Nosso grande desafio é facilitar o acesso ao tratamento. Para tanto, é de fundamental importância criar espaços de acolhimento permanente, maleáveis e adaptados à situação clínica individual, desenvolvendo também ações de orientação à família, muito frequentemente responsável pela primeira busca de ajuda.

Tais iniciativas, caso a caso, só podem ter sucesso a partir da instalação de um clima de confiança, de disponibilidade e de estabilidade do tratamento, onde o médico psiquiatra e os outros profissionais envolvidos venham a funcionar como ponto de referência, como depositários de uma história pessoal e não simplesmente como “tratadores de crise”.

Imaginar a emergência não somente como urgência, mas também (e principalmente),como manifestação de um sofrimento que, literalmente, “vem à tona” e que pede uma escuta e uma atenção, constitui, então, um considerável passo adiante.

Rodrigo Godoy Fonseca CRM: 5253698-6 email

Ingressou na faculdade de medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1982. Interessou-se pelo estudo da psicanálise ainda durante sua graduação. Iniciou seu trabalho em psiquiatria em 1986, como auxiliar psiquiátrico (concursado), no Hospital Philippe Pinel (RJ). Diplomado em 1988, embarcou para uma viagem de estudos na França em janeiro de 1989, inicialmente para um estágio na Clinique de La Borde.

Contratado por Jean Oury e Félix Guattari, trabalhou nessa instituição durante cerca de três anos, até prestar o concurso para médico residente estrangeiro (Diplôme Interuniversitaire de Spécialisation) em Paris.

Na capital francesa, entre os anos de 1990 e 1995, trabalhou em serviços como o Service Hospitalo-Universitaire de Santé Mentale et Thérapeutique, no hospital Sainte-Anne e a Policlinique de l’ Association de Santé Mentale do 13º distrito. Neste mesmo período, passou a frequentar os seminários de Marcel Czermak e Charles Melman, as apresentações de paciente e as jornadas de estudo da Association Lacanienne Internationale, instituição da qual é membro desde 1995.

Retornou ao Brasil em 1996, iniciando atendimento psiquiátrico e psicanalítico em consultório particular.

Desde então empreendeu várias ações no campo da psiquiatria, tendo participado de várias equipes na rede pública, chegando a coordenar dois programas municipais de saúde mental no interior do estado do Rio de Janeiro.

Bilíngue, é médico credenciado pelo Consulado da França no Rio de Janeiro há praticamente duas décadas.

Especialista em Dependência Química pela UNIAD/UNIFESP/Escola Paulista de Medicina

Membro da Associação Brasileira de Psiquiatria, na qualidade de Especialista (aprovado em concurso).

Ana Cristina Saad CRM: 5250430-2 email

Ana Cristina Saad é médica formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1988. Fez sua residência médica no Hospital Philippe Pinel, mestrado e doutorado no Instituto de Psiquiatria da UFRJ. Nos anos 1996 e 1997 foi fellow da University of California at Berkeley onde concluiu parte de seu doutoramento e pesquisa na área de dependência de drogas. Sua dissertação de mestrado, intitulada “Um estudo sobre o atendimento ao toxicômano na cidade do Rio de Janeiro”, foi defendida em 1992 e inicia uma discussão acerca da importação de modelos de atendimento ao dependente de drogas, mapeando, à época, os locais de tratamento. A tese de doutorado “O discurso da droga e a droga na história de pacientes no Brasil e nos Estados Unidos” traz novamente o tema do tratamento e da abordagem ao dependente de drogas nestes dois países.

Seguindo esta linha, no período de 2006 a 2009 foi diretora clínica e responsável técnica de uma clínica particular especializada no tratamento de dependência química em regime de internação, no Rio de Janeiro. Em 2010 e 2011 foi responsável técnica por um hospital-dia, também voltado para o atendimento ao dependente de drogas e outras compulsões.

É psiquiatra concursada da Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) desde 1994 e participa, desde 2007, do quadro de peritos psiquiatras do Instituto de Perícias Heitor Carrilho.

Tem 25 anos de experiência em consultório particular, atendendo dependência de drogas e outras patologias psiquiátricas.

Membro da Associação Brasileira de Psiquiatria, na qualidade de Especialista.

Célio Nunes COREN 15067-4
Maurício Senra COREN 6606-3

Célio Nunes e Maurício Senra, profissionais de enfermagem atuando na psiquiatria carioca há duas décadas através da equipe Proenf, com grande experiência no manejo de situações de emergência e no estabelecimento de acompanhamento de enfermagem hospitalar e domiciliar.

Têm grande experiência na seleção, capacitação e supervisão de equipes que são, muitas vezes, fundamentais na abordagem e resolução de situações de crise.

Atuam em constante diálogo com a equipe médica e com os demais profissionais envolvidos no tratamento de nossos pacientes.

Rua Almirante Pereira Guimarães 72/604. Leblon - Rio de Janeiro, fone (21) 2529-2732

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